quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Na Barra está a minoria dos atletas

Sérgio Magalhães

O aproveitamento da Zona Portuária como estratégia para promover a sinergia entre a Olimpíada e o desenvolvimento da Cidade está ficando cada vez mais clara.

Conferidos os dados divulgados oficialmente, vemos que apenas 47% dos atletas serão servidos por equipamentos localizados na Barra. Isto é, a maioria deles utilizará equipamentos necessariamente localizados na Zona Sul-Centro-Zona Norte. Logo, a Vila Olímpica na Barra atenderá apenas muito parcialmente o interesse de proximidade. Ao contrário, significa distâncias médias muito maiores, para o conjunto olímpico, do que se a Vila estivesse localizada no Centro-Zona Portuária.
Ademais, das modalidades que estão previstas para a Barra, apenas umas poucas aproveitam equipamentos já construídos. A imensa maioria demandará novos equipamentos, que poderão ser construídos em outro lugar, como o Porto. Inclusive em galpões recuperados. São modalidades como judô, boxe, taekwondo, entre outras, que não exigem especificidades locacionais. Esses equipamentos envolvem 25% dos atletas. Com isso, sobram na Barra menos de ¼ dos atletas olímpicos, e mesmo assim se forem construídos os equipamentos previstos para o Autódromo –muitos deles, aliás, que também poderiam estar em outras áreas mais acessíveis.


Então, por que a Vila Olímpica e a Vila da Mídia precisam estar na Barra?

Um comentário:

  1. Caro Sérgio,
    A exposição no debate da PUC, detalhada e embasada em números comparativos, impressiona. Sem dúvida a Zona Portuária, o Rio de Janeiro e a Região Metropolitana seriam beneficiados com a mudança proposta. Minha impressão: estavam sendo tratados dois assuntos aparentemente correlatos, o projeto Porto Maravilha (PM) e a localização dos equipamentos previstos para JO, Barra x Região do Porto, temas que, ouso dizer, hoje não se comunicam. Explico.

    obs. O comentário completo seguiu por e-mail.
    Um abraço,
    Andréa Albuquerque G. Redondo

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